Porque estão as empresas a reconsiderar os modelos de trabalho remoto e híbrido após o período pós-pandemia?
Num artigo de opinião para a RH Magazine, Carolina Hecker, Associada da área de Laboral da CCA Law Firm, reflete sobre como as recentes transformações no regime de teletrabalho têm impulsionado um regresso gradual ao trabalho presencial e fomentado a adoção de modelos híbridos.
Esta tendência parece estar intrinsecamente ligada às obrigações legais estipuladas pelo artigo 168.º do Código do Trabalho, que exige a compensação integral das despesas adicionais associadas ao teletrabalho. A ausência de distinção na aplicabilidade das modalidades de teletrabalho e as implicações fiscais desta compensação apresentam desafios significativos para as empresas, levando-as a reconsiderar a viabilidade destes regimes.
"Esta obrigação financeira (ainda que se possa traduzir em valores marginais) poderá ser um fator que leva muitas empresas a reconsiderar a viabilidade da aplicação do regime de teletrabalho nas suas estruturas e, consequentemente, a determinar o retorno ao trabalho presencial ou a aplicação de modelos híbridos que minimizem esses custos" explica a advogada.