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2021-07-23
Catarina Limpo Serra fala sobre os processos de recuperação de empresas e a crise pandémica

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Com os problemas criados pela crise pandémica, é expectável que o número de empresas em dificuldades aumente e, por isso, os agentes do mercado esperam que os mecanismos de recuperação sejam calibrados para esta situação de exceção. Em declarações ao Jornal Económico, Catarina Limpo Serra, Coordenadora do Departamento de Contencioso e Arbitragem da CCA, comenta os principais entraves que existem para os processos de recuperação das empresas e quais as expectativas quanto à evolução do número de insolvências e de empresas em recuperação, em resultado da pandemia.

"A cultura fatalista que existe nos operadores económicos, quando confrontados com um cenário de recuperação da sua empresa, é, a meu ver, a principal condicionante (...) devemos incentivar a uma cultura de aprendizagem com o erro, de humildade perante o falhanço e de coragem perante a adversidade para tomar medidas duras, mas que podem salvar as empresas. A recuperação deve ser encarada como uma oportunidade", afirma a Coordenadora.

Sobre os efeitos da crise pandémica e o aumento inevitável do número de empresas em recuperação, Catarina Limpo Serra explica que as medidas extraordinárias aprovadas pelo Estado Português permitiram às empresas aguentarem a sua atividade por mais algum tempo e reinventarem-se. No entanto, sublinha que "é importante que as empresas se modernizem rapidamente, procurem maximizar a sua tesouraria, reduzir custos e renegociar dívidas com os credores, sob pena de um inevitável cenário de bancarrota para muitas empresas que não conseguiram adaptar-se e modernizar-se a esta nova era".