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Estarão as sociedades de advogados portuguesas preparadas para investir diretamente em legal techs e acompanhar a transformação digital do setor jurídico?
Num artigo publicado pelo Jornal de Negócios, Filipe Mayer, Sócio da CCA Law Firm, analisa o impacto e a viabilidade da aquisição de startups tecnológicas por parte de firmas nacionais. Embora esta prática esteja em crescimento a nível internacional, em Portugal o cenário é distinto, fruto dos elevados custos associados e da especificidade do mercado. Filipe sublinha que, apesar dos benefícios estratégicos, esta decisão implica riscos relevantes num momento de rápida evolução tecnológica.
“A aquisição de legal techs por uma sociedade de advogados é um passo que requer um esforço financeiro substancial, fora do alcance da grande maioria das sociedades de advogados portuguesas”, explica o advogado. Ainda assim, destaca que esta aposta pode permitir a exclusividade na utilização de determinadas soluções, conferindo uma vantagem competitiva relevante no mercado da prestação de serviços jurídicos.
Face a esta realidade, soluções como o licenciamento de tecnologia ou até a colaboração estratégica entre sociedades surgem como caminhos alternativos e mais sustentáveis. À medida que a inteligência artificial se torna uma ferramenta essencial no setor, o maior risco poderá ser, como refere Filipe Mayer, “resistir à mudança”.