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2021-02-05
Tito Rendas fala sobre a proibição da venda presencial de livros

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Com a renovação do estado de emergência até 14 de fevereiro, o Governo decidiu manter a proibição da venda de livros, contrariando aquilo que terá sido, de acordo com a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), a "vontade mostrada pelo Presidente da República" e por "vários partidos com assento parlamentar". Num artigo de opinião para o ExpressoTito Rendas, Consultor de TMT&PI da CCA, fala sobre a necessidade de se reconsiderar esta proibição de venda em supermercados e noutros estabelecimentos abertos ao público.

"Aos autores, revisores, designers, paginadores e tradutores pouco importa se os livros são vendidos numa livraria, num supermercado ou numa bomba de gasolina. O que interessa é que o livro seja vendido", afirma o consultor da CCA.

Sobre esta medida do Executivo, Tito Rendas explica que "é uma medida preocupante por várias razões, mas sobretudo pela incompreensão que revela. Incompreensão, primeiro, sobre o grau de literacia digital e de confiança no comércio electrónico da população portuguesa (...) segundo, incompreensão sobre a extensão da cadeia do livro (...) terceiro, incompreensão sobre a concorrência no mercado livreiro. Os livros que se vendem nos supermercados podem ser todos ou quase todos encontrados em livrarias. Mas o inverso não é verdade (...)".

"Disse Groucho Marx que 'fora os cães, os livros são os melhores amigos do homem; dentro dos cães, está demasiado escuro para ler'. É para que todos possamos confinar em boa companhia que os livros devem poder ser vendidos. Em todo o lado", sublinha o consultor.